Arte com Ciência é um projeto inicialmente desenvolvido numa parceria entre o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Secretaria de Estado da Educação de Sergipe (SEED-SE), com financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Atualmente o projeto conta com outros parceiros: SESI Nacional, Petrobrás, Liceu Edouard Herriot (Lyon, França)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Feiras de Arte, Ciência e Ecologia na Semana de Ciência e Tecnologia









Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que esse ano tem como tema, Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos, aconteceram as Feiras de Arte, Ciência e Ecologia nos Colégios Arabela Ribeiro Estância-SE, Raimundo Mendonça em Indiaroba-SE e Comendador Calazans em Santa Luzia do Itanhi-SE. Essas feiras são atividades do Projeto Arte com Ciência e vieram sendo planejadas ao longo do ano com data marcada a coincidir com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o maior evento da ciência no Brasil, que em Sergipe é coordenado pela Fapitec (Fundação de Apoio a Pesquisa e a Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe).

As feiras tiveram início dia 19/10 em Estância e as atividades do projeto Arte com Ciência continuaram com mais duas feiras: uma na quinta, dia 20/10, em Indiaroba e outra na sexta, dia 21/10 em Santa Luzia do Itanhy. Contando com a ajuda dos coordenadores do projeto, professores e bolsistas das áreas de matemática, física, química, biologia, educação ambiental e geociências, além do corpo docente de professores das escolas e a cooperação significativa dos alunos e monitores selecionados de cada escola, as feiras ocorreram como previsto e ficaram abertas a visitação a partir das primeiras horas da tarde até às 21horas, com exceção do Colégio Arabela Ribeiro que iniciou suas atividades ainda pela manhã.

Nas feiras encontramos experimentos, demonstração de atividades econômicas da região, palestras, exibição de vídeos e apresentações culturais. Ao todo o Arte com Ciência recebeu 32 projetos que foram analisados de acordo com os três eixos temáticos (arte, ciência e ecologia) e na clareza da metodologia de desenvolvimento do projeto, 17 projetos foram selecionados para receber apoio financeiro, estes projetos apresentaram alinhamento com os eixos temáticos e também deixavam clara a metodologia de desenvolvimento, como o Projeto possui recursos limitados, nem todos os projetos poderiam ser apoiados financeiramente, o que não impediu muitos deles de serem executados e apresentados nas feiras.

Feira de Arte Ciência e Ecologia - Recriando a Consciência Ambiental

Recriando a Consciência Ambiental esse foi o tema da feira que encerrou as atividades do Projeto Arte com Ciência no dia 21/10 na Semana de Nacional de Ciência e Tecnologia. A Feira de Arte, Ciência e Ecologia do Colégio comendador Calazans foi repleta de palestras, Literatura de Cordel, apresentações de projetos, experiências e apresentações teatrais.

Com base nos projetos apresentados na feira, que tiveram foco extremamente voltado para Consciência Ambiental, uma vez que ela propõe uma mudança no comportamento das pessoas, tornando essas pessoas conscientes da necessidade de preservar o meio ambiente.

Diante de todos os problemas que nos deparamos diariamente em relação à degradação do meio ambiente, falando mais especificamente do ecossistema da nossa região, percebemos o quanto precisamos agir com urgência em busca da salvação dos manguezais. Falar de consciência ambiental não é novidade nenhuma, mesmo assim, esse é um tema que continua sempre em ascensão e se torna mais pertinente. Não apenas pelos enormes impactos que o modo que a vida da sociedade vem causando, mas principalmente pelo perigoso destino que o andar da carruagem vem apontando.

A busca de alguns projetos pela sustentabilidade é algo que foi bastante comum nas feiras. O projeto “A Educação Ambiental em Manguezais de Santa Luzia do Itanhi/Se como Recurso Sustentável”, mostrou iminentemente a situação do manguezal nas proximidades da cidade de Santa Luzia do Itahi e ressaltou a urgência na conscientização da população para a preservação dele. O que vamos fazer? é a grande questão. O eco dessa pergunta vem ressoando cada vez mais alto. No mundo todo vemos iniciativas ecológicas, empreendimentos ecossustentáveis e o conceito de simplicidade voluntária se espalhando e ganhando espaço, e os alunos se mostraram conscientes de que o que precisam fazer é pensar em ideias para trazer a nossa realidade métodos para conscientização da preservação da população local que é a que realmente se utiliza dos manguezais para sobreviver.

A Feira do Comendador Calazans contou também a participação do Professor Wesley e os alunos Maria Alice e Saulo que exporam os projetos “Fogão Solar: O Brasil na busca pelo desenvolvimento sustentável” e “Energia Eólica no Brasil: Novos ventos soprando para a sustentabilidade” que já haviam sido expostos no dia anterior em Indiaroba.

Como as demais feiras, esta por sua vez também passou pela avaliação realizada pela comissão composta pelo, Saulo Barreto, Rejane Spitz e Maria Helena Zucon.

Assim como todas as feiras mostraram em seus experimentos, projetos e pesquisas, toda preocupação que existe com o rumo que o nosso planeta toma a cada dia. O ideal é que todos tenham conhecimento do seu papel em quanto agentes de conscientização e responsabilidade ambiental. Atitudes como essa certamente irão melhorar conforme cada um reconheça essa situação como uma urgência que deve ser resolvida, e assim vamos dando passos para um futuro melhor.

Feira de Arte, Ciência e Ecologia do CEPRMA – MANGUEZAL

A Feira de Arte Ciência e Ecologia do CEPRMA ocorreu no dia 20/10 e o tema da feira foi, Manguezal. Alunos e professores mostraram com seus projetos mais do que qualquer leigo pode saber sobre a preservação dos manguezais, além de conscientizar a sociedade da importância dos manguezais, na vida das pessoas. Eles conseguiram passar com muita sensibilidade que embora essa mata de mau cheiro e cheia de lama não tenha o encantamento de outras florestas, precisa ser preservada já que um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho, suas árvores cujas raízes pneumatóforas protegem as zonas húmidas costeiras contra o oceano, formam um importante habitat, berçário para inúmeras espécies de peixes, crustáceos, mamíferos, aves e insetos.

Ao visitar as salas do CEPRMA nos deparamos com diversas curiosidades sobre o manguezal e tudo de positivo que ele produz para as comunidades que retiram seu sustendo desse ecossistema. Os manguezais não são muito ricos em espécies, porém, destacam-se pela grande abundância das populações que neles vivem. Por isso podem ser considerados um dos mais produtivos ambientes naturais do Brasil.

Diversos projetos optaram por ressaltar os valores do mangue como, por exemplo, o projeto “Na rota do manguezal: uma explosão de vida”, que se constituiu a partir de um passeio turístico virtual, através de uma mapa icônico do manguezal da cidade de Indiaroba no qual seus elementos serão pontos de potencialidade turística, com isso esse projeto tem como objetivo ressaltar o grande potencial turístico que o ecossistema manguezal apresenta, chamando a atenção para suas características, interações, valor social e para o intenso processo de degradação, conscientizando a comunidade em geral.

Outros projetos como o “Manguezal; respeitar esse ecossistema é ter vida” simplesmente enfatizam sua preocupação em preservar a riqueza biológica presente nesse ecossistema que contribui para a reprodução de diversas espécies, por isso o projeto busca sensibilizar Indiarobense a fim de que todos respeitem a época de reprodução dos crustáceos, o que os torna não apropriados para a captura, venda e consumo.

Como em todas as feiras alguns dos projetos enviados pela escola não foram aprovados para receber apoio financeiro, o que não impediu a realização dos mesmos; projetos por sinal muito bem executados como, “A Superação de um Povo nesta Vida Severina”, que retratou a obra de João Cabral de Melo Neto e o projeto “Reciclagem do Lixo: Reutilização sustentável da natureza” que mostrou vários métodos de como colocar a reciclagem na prática.

Os alunos monitores do Projeto Arte com Ciência (Silvia Leticia, Adriel, Augusto e Thaís) desenvolveram o projeto, Petróleo: desenvolvimento e descoberta do pré-sal; falaram um pouco sobre a história do petróleo no Brasil e sobre as diversas coisas que são produzidas a partir do petróleo.

Devido ao ótimo resultado na feira do Colégio Arabela Ribeiro a feira do Colégio Raimundo Mendonça contou também a participação do Professor Wesley e os alunos Douglas Araujo, Tamires e Saulo que exporam os projetos “Fogão Sola: O Brasil na busca pelo desenvolvimento sustentável” e “Energia Eólica no Brasil: Novos ventos soprando para a sustentabilidade”.

A comissão avaliadora dos projetos apresentados na feira do CEPRMA foi a mesma que avaliou os projetos no CEAR, composta pelo representante do IPTI Saulo Barreto, pela Rejane Spitz do departamento de Arte & Design - PUC Rio Janeiro e pela Professora de Paleontologia da UFS Maria Helena Zucon.

No período da noite as salas do CEPRMA continuaram abertas a visitação e com apresentações culturais (teatro e dança). Às atividades foram encerradas após as 21horas. Aproximadamente 800 pessoas compareceram a feira e puderam levar consigo as mensagens de conscientização para com a natureza.